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segunda-feira, 29 de fevereiro de 2016

Me deixa



















Me deixa ser sua crença
Saber do seu ser, do seu saber
Me deixa voltar na antepenúltima atmosfera
em  nosso tempo, para que eu possa retirar os véus
Minhas máscaras, suas máscaras
Medos disfarçados de lucidez...
desfizeram nossos sonhos, desfizemos
Ceifaram nossos desejos, ceifamos
Me deixa andar pelos seus campos
Para que eu possa novamente colher seus olhares
Retalhos e tesouras de prazeres e risos
As linhas de nossas mãos entrelaçadas
Me deixa correr ao lado da vida para seus braços,
Nossos abraços longos, lentos . . .
Me deixa...pela última vez
A última safra de um amor silencioso
Amor temido, eu temia, você temia
Me deixa sentir sua alma,
Minhas esperanças adormeceram ...
com o pranto das noites em claro
Pereci tentando encontrar você, em vão
Minha sensatez foi revestida de covardia
Me deixa sonhar com você
Até que renascerei nos seus desejos mais secretos
Numa realidade menos cruel
Me deixa . . .    
sem culpas do amanhã
07/08/2015 - Taís Mariano

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