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segunda-feira, 29 de fevereiro de 2016

Chaves internas - Despertar de dezembro


Guardião das chaves do reino interno
Tempo de rupturas e desencontros
necessários para a verdade emergir do silêncio,
do grande vazio que realiza o diálogo ...
medo grita no horizonte azul,
surpresas e decepções,
o mais seguro, porto seguro,
devastado pelo verbo que se fez carne
ondas de energias tão claras
não há mais como esconder
não há sutileza na sujeira do asfalto
todos os véus foram rasgados
mais rapidez a cada noite
novos pedaços de um quebra cabeça
vão se juntando, como se imãs possuíssem
para formarem figuras da realidade ,
não importa quanto tempo viverão
um dia ofuscou, mas o brilho não foi perdido,
tudo serve de ferramenta ao aprendizado,
vida estranha de ciclos e novas etapas
sem equilíbrio, a balança vai pesar
mais para um lado, é preciso esse peso
aprendemos com os desequilíbrios
a imperfeição é só uma tábua
lisa e fina, sem marteladas e sem pregos
grades e gaiolas aprisionam sentimentos
prisão e desconexão entre dois mundos
distância imensurável no entender-agir-pensar,
rebeldia é a arma dos que lutam
cair, levantar tentar mais e mais
agora é a hora, buscar mais
empreender novo caminho
ação e reação, rupturas necessárias
Não temer pelo que vai ser ou parecer
olhar para dentro, para frente,
para os lados e para trás
o passado se distancia
na compreensão do bem e do mal,
tudo se mistura com um piscar de olhos
as cortinas das janelas caem
novos futuros se apresentam
escolhas, tempos de plantios e colheitas,
panos desgastados, levados pelo vento
plantas semimortas varridas pela chuva
quando o sol nascer, haverão novas germinações
sem vendas nos olhos, somente a verdade
sem angustias e nenhuma desconfiança
não existem mais problemas, nunca existiram
somente desafios e lutas, já entendemos
pereceu a concepção ilusória arraigada
estava rachada e solta há muito tempo
o que se cuidou para que não rompesse
desvirginou-se, paradigmas ultrapassados
lágrima necessária a verter, alívio sutil
mais clareza para compreender e merecer...
o oásis que a própria alma preserva
e esconde no templo do inconsciente
onde habita um grande arquiteto
vigia do nosso universo interminável
que detém o poder de ser mais forte que os medos
a vontade transforma-se na fortaleza contra os eles
são eles, os medos, os piores inimigos de ser humano
que aterrorizam a consciência torturada 
tudo tem sua hora para frutificar
a inércia e as mentiras são esmagadas
a sabedoria brota no coração já sem esperança
acalentado pela invisibilidade mais visível...
o guardião das chaves do reino interno. 


2013 - Taís Mariano

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