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segunda-feira, 29 de fevereiro de 2016

Infinitamente perdido . . .

Era um homem ocupado demais para viver
Não tinha tempo para conversar
Nunca podia chegar...
Não deixava ninguém se aproximar
Zona de perigo, espaço restrito...
Desdenhou alguns corações iludidos
Pobre criatura sem laços
Não deixava o mundo invadir seus espaços
conversas dispersas, nefastas
Triste em seus cansaços
Mentia para ele mesmo,
infinitamente perdido
Vida mal resolvida
Bajulava a si mesmo
Mascarava os sentimentos
Vaidoso amava seus pedestais
Sua armadura era de sal
Não desejava ser real
perdeu muito tempo,
em suas redomas, enclausurado
tentava consolar-se na noite...
Promessas jogadas ao vento
então um dia a sua sina...ancorou
Partiu para sempre
No silêncio dos túmulos
amargas respostas
O medo de viver
a morte chegou
a terra afundou
Espelho quebrado de desgosto
Desfez-se seu rosto
a morte o levou...

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