CAPOEIRA ME CHAMOU
Capoeira me chamou...
Já estou indo, mas antes vou cantar:
Houve um tempo que ele era comandante
Agora é um simples marujo esquecido
A senhora solidão dorme ao seu lado
Alguns da sua tripulação até já partiram
O que a dama da noite lhe deu, está cobrando
As mariposas não veem mais a luz dele
É a ordem natural da vida
Pois é ... marujo!
Estou aqui na beira do mar
Capoeira me chamou...
A lua é crescente,céu crivado de estrelas
Pés na noite, amo essa praia
Aqui na areia, tocando berimbau
Junto com seu Ogum, de mãos com Oxalá
Vez enquanto chega um Xangô para gritar
Pois é , não vou nadar até seu navio
Os sons dos atabaques são mais fortes
Meu passado é de guerras
Tenho olhos nas costas...
E uma alma cigana...
De tanto levar rasteira...
Aprendi a dar mortal
Sai desse navio e vem pra areia
Vem jogar capoeira, na minha lua
Eu já fui desse navio...
Só que não me perdi,aprendi
Capoeira me chamou...
Este comentário foi removido pelo autor.
ResponderExcluirInteressante é notar essa miscigenação na linguagem do poema... Neste e creio na maioria de sua escrita poética, percebo uma poesia simbolista com metáforas intricadas. Seria isso mesmo? No mais, sua escrita é suave porque parece brotar do interior subjetivo de seu ser.
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