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domingo, 28 de novembro de 2010

. . . p a z . . .


. . . p a z  . . .

Me perdi em meus labirintos

Não achei a saída fora deles

retornei...

Me encontrei em meus labirintos

A paz que eu tanto procurei

Estava dentro de mim...





                                                                    Três Coroas/RS


                                                                 Foto : Luz de Antares

domingo, 21 de novembro de 2010

LONGE . . .


LONGE ...

Tarde clara que se esvai

Longe... na casa de pedra

Mistérios da mata, dos cerros

A noite chega, com calmaria

Lua cheia, sorrindo

Fumaça aromática...

de dois incensos, subindo...

se acabando em cinzas

Distante da azáfama da vida

Solidão do verde escuro

Chama da vela acesa

O tic-tac do velho relógio,

insistente a tocar

Papéis e canetas

Versículos rabiscados

Nuvens a me observar, da janela

Os cristais de quartzo na mesinha,

pedras perdidas no tempo

O espaço vazio que me envolve

Um arrepio na nuca se dá

O etéreo existir sem desistir

Sombras internas, que sussurram...

O ego preso no calabouço da alma

Pálido semblante no quadro,

pintura da paz... que se faz, no momento

de uma inspiração infinita,

que brota sem segredos, longe ...





domingo, 14 de novembro de 2010

CANÇÃO DO MAR


CANÇÃO DO MAR

Na beira do mar

Sentada na areia

Contemplei a escuridão...

tomando conta do crepúsculo

Ondas dançantes

Em caracóis... espumantes,

quase acinzentadas,

acariciavam meus pés

A luz viva do luar,

Vai e vem... de prata líquida

Belo oceano sem fim,

das conchas das algas

Chão de estrelas

Refleti com a energia criadora

Enxerguei através de outras perspectivas

Meus pensamentos rasgaram as nuvens

Minha visão clareou

Identifiquei meus espaços

Em harmonia com o cosmos

Acenei para o caçador de órion

Saudei as plêiades

Recuperei minhas forças

Resgatei a calma interior

Fiquei toda a noite assim...

Coberta com o meu silêncio...

bem próxima das águas

Ouvindo do mar, sua canção

Que poucos conseguem...revelar

No horizonte então apareceu

uma claridade avermelhada

Um véu de púrpura cobriu as ondas

Despontou um imenso sol

Cheio de sabedoria e luz

renasci com ele,

ave a voar, em paz



Imagem disponível - Google


quinta-feira, 4 de novembro de 2010

............AnDaRiLhO dO GeLo............




.........ANDARILHO DO GELO

Andarilho das sombras, na neve

Espectro num monastério... de gelo

Gritos na tumba... o apelo

Tempo breve

Solidão

O eco é tua canção

O lado escuro da fama

É o fim daquela estação

Alguém ainda te chama

Teu corte no espaço,

Qual lâmina, sem aço

Uma rigorosa mistura, o frio

Os ventos mudaram curso do rio

branca lama

congelado coração

Um breu no clarão

A morte da alma que ama

.##.



“Às vezes, num belo jardim

Onde errava minha atonia

Eu senti, como uma ironia,

O sol anunciando meu fim”

(Charles Baudelaire )