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sexta-feira, 14 de dezembro de 2012

Sentimento latente

96909:                                                                                                                            Sentimento latente . . . tais - Taís V. Mariano - Bruma Lilás
Sentimento latente . . .


Sentimento latente em meu ser
algumas vezes,poucas...
traída pelo toque dos teus dedos
o corpo expressando vontades ocultas
o tempo escondeu as dores infinitas
adormeceram na estação do temor
silenciosamente    percebo distâncias
subentendemos o oposto...
de um contrário do contrário
mergulhados permanecemos inertes
refugiando a alma no depois...
futuros incertos de existências
perdidos, fomos descomprazentes
ceifamos nossas vontades
transformamo-nos em duas sombras em fuga
sublimamos nossas angústias e tramas
não sabendo mais do certo ou do errado
somente as    convenções do mundo doente...
Minhas dessuetudes exageradamente anormais
febril,em delírios,
desenrolando tranças inúteis
olhar pudico desviando pedras do caminho
talvez pudessem ser lapidadas...talvez
covardia ou traumas da juventude...
Calores implícitos,sufocados por falsa moral
Sinto dizer-te,mas não há mais como...
regressar ao ventre materno
secou o sangue das veias da nossa coragem fluxível
a espera não se arrastará mais com as ventanias da vida
sem lutas... destinos desditosos e uma rotina desgarrada
Não é possível mensurar os desencontros
seremos ecos de uma paixão que definha
e sucumbe até    evaporar por si só
quero ainda viver muito,
desejo um novo amor!!!!
não somos imunes à foice do tempo futuro
que leva ao ventre de madeira,frio e úmido
embaixo da terra ...seremos fumaça para um depois...
não precisamos nos entregar à morte em vida
tudo vai passar e o novo amanhecer
trará o despertar das respostas...  

Publicado no site: O Melhor da Web em 19/10/2012
Código do Texto: 96909

quarta-feira, 15 de agosto de 2012




A n t e s . . .


Antes da calmaria dos oito
havia um gélido silêncio
ele irrompeu a inocência surda
no derradeiro instante do grito


Antes aqueles olhos vazios
eram cobertos por véus leitosos
e o corpo agora descoberto
era encoberto por mortalhas de seda


 Antes eram pequenos candelabros
irradiando luz negra...
e um fosso sem fim...
um adormecimento quase eterno


Antes eram sete horas
já são oito para as oito do dia oito
e o relógio gira em sentido oposto
quem diria...
retornamos ao ponto de partida


Antes era somente mistério e perigo
agora é o risco do sono mortal
não, não queremos dormir
ainda não...
já são oito horas da manhã
nascente que chamamos de oito
duas vezes oito,marca invisível
almas que se perdem no significado
sol laranja do infinito oito,
não há trechos de chegada
somente a dura e excitante caminhada

Antes haviam sopros
palavras imateriais
agora existem casulos
pendurados nas nuvens
esperando a transformação
inevitável... as vestes serão trocadas
o contorno transparente do tempo
divide as linhas da mão...
do maldito para o sagrado

Antes era apenas uma data qualquer
há um turbilhão de contrastes
há desejos fecundados
e a súplica dos oito segundos
para que minutos e horas...
não se acabem mais
porque o que se escreve no livro da vida
não dá mais para apagar...



Publicado no site: O Melhor da Web em 08/08/2012

sábado, 23 de junho de 2012

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Estamos em silêncio

 

Já vai anoitecer

estamos próximos ao oceano

bebendo um ao outro

sentindo as brumas descerem

misturamo-nos a elas

sem receios do amanhã

estamos em silêncio

silêncio esse que sussurra

sinal de outros tempos

não precisamos mais explicar

o que o silêncio já nos fez entender

o mar está mais calmo

há uma aragem diferente

a atmosfera está leve

nossos olhares buscam o horizonte

que se funde com a água acinzentada

ainda estamos em silêncio

porque o silêncio está falando

escrevendo em nossos corações

um poema de compreensão e paz

numa quietude intensa

As cores da paisagem se misturam

nos misturamos neste cenário tão brando

na sutileza dos olhares...

sabemos que somos um só

pequena parte deste universo imenso

e o silêncio a murmurar...

que o amor ainda existe

que somos livres para amar

que não precisamos mais de palavras

porque o silêncio traduz o sentimento


Publicado no site: O Melhor da Web em 29/05/2012

Código do Texto: 92038

segunda-feira, 9 de abril de 2012

POR ACASO . . .



















POR ACASO   .  .   .

Era como se o manto índigo da noite



cobrisse meus cansaços


e dentro de uma bolha incolor eu viajasse


entre as estrelas, sem sentir medo


eu...apenas mais um ponto de luz


pequena faísca quase invísivel


em um universo desconhecido


num mundo interno que descobri por acaso

domingo, 1 de abril de 2012

Poesia e silêncio . . .



Poesia e silêncio ...



Mergulhados em poesia e silêncio

Solidão grita o passar indelével do tempo

Severo silêncio monástico

Musgos no último desejo da consciência

Olhares gelados, disfarçados

Lutando contra sentimentos em chamas



Mergulhados em poesia e silêncio

Desejando cegamente voltar no tempo

Velas acesas nas salas do inconsciente

Imensos corredores escurecidos

E a velha sentença destruidora



Mergulhados em poesia e silêncio

Despertando as sombras esquecidas

Almas tangenciadas pela ebria ideia ...

E uma vontade insana de ...

retornar ao ponto de partida



Pode haver seriedade mais honesta
que
a seriedade poética?

Poesia e silêncio...

Sombras despertando no tempo ...

sexta-feira, 9 de março de 2012

VENTO E VOZ . . .




Vento e voz

(são só tuas palavras...)



Vou colher tuas palavras

Copiar teu som

música ao longe

Colar num quadro de sol

Crivado de pérolas e conchas

Emoldurar com flores perfumadas

pendurá-lo na cabeceira de meu leito

escutando sempre...Vento no Litoral...

quantas vezes for preciso

luz de antares

estrela de vênus

ilumina meu pensamento

as ondas não param

batem nos rochedos sem cessar

não há esquecimento

o tempo passa, não passa

tuas palavras gravadas

dimensão da estrela maior

mandalas matizadas

natureza vibrante

tuas palavras

longe

intransferível

o tempo

não passou

flores,areia

ventos

mar e sol

luz e pensamento

são só tuas palavras...

sexta-feira, 17 de fevereiro de 2012

VENTANIAS AZUIS . . .







Ventanias azuis...

Depois das ventanias azuis...

dia após dia... tento entender

Uma angústia se instala,

sem ouvir tua voz ... me perco

A paisagem desmaia, cansada

Devastadora tempestade de areia

No deserto, a agonia sem fim...

Eu quis voar...correr...dançar...

quase perdi minh’alma, tão pueril

Sufocada pelo ar frio e seco...

Meus olhos ainda ardendo pelos teus

O sopro suave do paraíso adormeceu

distante da realidade, longe de ser

por pouco não sucumbi...ilusão lilás

O silêncio fez crescer a velha tristeza de antes

Cortaram nossos laços, mais uma vez

Que força invisível é essa? Que nos une

e na ironia da tortura nos aparta

Fios etéreos ...tão confusos...

Percebo que há um livro fechado

Perdido no tempo pretérito

o lado de lá é o oposto do lado de cá

O nó que tenho na garganta, cresce

Teimosia de um amor que se arrasta

Cansei de me perder em pensamentos

Teu semblante,onde está teu rosto?

Bebi de um licor tão doce

Promessas inúteis e deliciosas

Hoje anoiteceu sem estrelas

Devaneios trancados a quatro chaves

Sem derramar lágrimas

Congelei no espaço da decepção

Senti um punhal atravessar meu peito

Meus sutis gritos por ti

Onde mora teu coração, eu não sei

Meu sentimentos ainda respiram...

Trôpegos, rodopiam e insistem ...

em dançar mais um balé sem razão

Presos nas ventanias azuis...


17/02/2012






















































































quinta-feira, 16 de fevereiro de 2012

MONTANHA RUSSA





Montanha russa


Deixa eu ver a vida assim

de vários ângulos

Me deixa aqui na montanha russa

só mais alguns minutos

Para que eu observe os pontos

Que eu conteste as interrogações

e saia de uma vez das reticências

Deixa eu ver a vida assim

Só mais alguns minutos


27/01/12






















quarta-feira, 4 de janeiro de 2012

Perfumes de janeiro ...






















Perfumes de janeiro





Na ponte das lembranças


Deixei minha alma


A procura da tua ...


Entregue ao guardião do tempo,


meus sonhos voaram como águias


e sussurraram ao lado do vento


Um sublime peregrino por lá passou


Deixando cair os pincéis do passado


Que traçaram um sorriso em minha face


Perfumes de janeiro


Na ponte das lembranças...ontem






“Saudades... poeta da estação do silêncio


Sempre odarepseni...


... são só perfumes de janeiro...






03/01/2012