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segunda-feira, 5 de setembro de 2011

CAPOEIRA ME CHAMOU . . .



CAPOEIRA ME CHAMOU


Capoeira me chamou...

Já estou indo, mas antes vou cantar:

Houve um tempo que ele era comandante

Agora é um simples marujo esquecido

A senhora solidão dorme ao seu lado

Alguns da sua tripulação até já partiram

O que a dama da noite lhe deu, está cobrando

As mariposas não veem mais a luz dele

É a ordem natural da vida

Pois é ... marujo!

Estou aqui na beira do mar

Capoeira me chamou...

A lua é crescente,céu crivado de estrelas

Pés na noite, amo essa praia

Aqui na areia, tocando berimbau

Junto com seu Ogum, de mãos com Oxalá

Vez enquanto chega um Xangô para gritar

Pois é , não vou nadar até seu navio

Os sons dos atabaques são mais fortes

Meu passado é de guerras

Tenho olhos nas costas...

E uma alma cigana...

De tanto levar rasteira...

Aprendi a dar mortal

Sai desse navio e vem pra areia

Vem jogar capoeira, na minha lua

Eu já fui desse navio...

Só que não me perdi,aprendi

Capoeira me chamou...




2 comentários:

  1. Este comentário foi removido pelo autor.

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  2. Interessante é notar essa miscigenação na linguagem do poema... Neste e creio na maioria de sua escrita poética, percebo uma poesia simbolista com metáforas intricadas. Seria isso mesmo? No mais, sua escrita é suave porque parece brotar do interior subjetivo de seu ser.

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