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sexta-feira, 17 de fevereiro de 2012

VENTANIAS AZUIS . . .







Ventanias azuis...

Depois das ventanias azuis...

dia após dia... tento entender

Uma angústia se instala,

sem ouvir tua voz ... me perco

A paisagem desmaia, cansada

Devastadora tempestade de areia

No deserto, a agonia sem fim...

Eu quis voar...correr...dançar...

quase perdi minh’alma, tão pueril

Sufocada pelo ar frio e seco...

Meus olhos ainda ardendo pelos teus

O sopro suave do paraíso adormeceu

distante da realidade, longe de ser

por pouco não sucumbi...ilusão lilás

O silêncio fez crescer a velha tristeza de antes

Cortaram nossos laços, mais uma vez

Que força invisível é essa? Que nos une

e na ironia da tortura nos aparta

Fios etéreos ...tão confusos...

Percebo que há um livro fechado

Perdido no tempo pretérito

o lado de lá é o oposto do lado de cá

O nó que tenho na garganta, cresce

Teimosia de um amor que se arrasta

Cansei de me perder em pensamentos

Teu semblante,onde está teu rosto?

Bebi de um licor tão doce

Promessas inúteis e deliciosas

Hoje anoiteceu sem estrelas

Devaneios trancados a quatro chaves

Sem derramar lágrimas

Congelei no espaço da decepção

Senti um punhal atravessar meu peito

Meus sutis gritos por ti

Onde mora teu coração, eu não sei

Meu sentimentos ainda respiram...

Trôpegos, rodopiam e insistem ...

em dançar mais um balé sem razão

Presos nas ventanias azuis...


17/02/2012






















































































3 comentários:

  1. Li o seu poema várias vezes e cada vez que leio, uma nova imagem, paisagem vislumbra em minha frente. Talvez esse seja o segredo do poeta: Embevecer as palavras, criar novas formas, inventar outras essências, solidificar a alma e humanizar o espírito.
    Abraço

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  2. Estas ventanias azuis nos tornam etéreos... lindo demais. Como sempre tem coisa boa por aqui.
    Adoro visitar estas páginas...
    Abraço

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